Sunday, April 23, 2006

em copacabana tudo é rei

para cada sorriso de criança, adulto, idoso ou canino, em dias onde o trânsito é vedado na faixa á beira mar, isto sim o que torna hoje copacana radiante, existe um chico-esperto travestido na luta pela sobrevivência a alugar ou vender, cadeirinhas, bicicletas, skates. aparelhos de ginásticas, sem falar, claro, já cedo, o próprio corpo. a lista é infindável. de memória é impossível guardar mas tampouco anoto: seja para não dar pinta de turista e aumentar minhas probabilidades de tomar uns safanões em troca da minha bolsa, seja para que alguém queira me vender caneta, envelope e sabe-se lá até remédio para a memória.
santa clara, figueiredo, toneleros, barata ribeiro, zigue-zagueio até a bolivar. e todos os cachorros que encontro nenhum tem o ar alegre d´antes. mal-estar dos apartamentos ou mal-estar da civilização carioca? chico desabafa sobre o infortúnio do que é ser carioca hoje, publicado por ocasião do lançamento do seu novo trabalho musical, que traz uma subúrbio com uma letra que corta a trilhos o caminho da central até depois da pavuna produzindo silvos.
eu que não saio de copacabana, mundinho quando muito expandido que vai, no máximo, as fronteiras do começo do leblon - a barra é apenas viagem de memória - ou aos arremêdos da glória - enquanto me pergunto se vou achar casa talvez em santa teresa ou, golpe de sorte, no bairro do peixoto - tenho a dizer que o subúrbio hoje é mesmo copacabana.
onde calçadão, pedras pretas e brancas estão mais sujas do que nunca, mesmo sem perder a majestade.
vai um polidor ai tio ?

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