Wednesday, June 28, 2006

a copa vista da área de serviço XXII

pagodeiros contra os mosqueteiros.
da última fez que fiz a construção(num anúncio)nós é que tomamos na bastilha.
vamos ver agora se a máxima que a história se repete é verdadeira. só para lembrar: da primeira vez é tragédia. na repetição, comédia. e cá para nós, não é isso que temos sido ao longo da história?

a copa vista da área de serviço XIV

me engana que eu gosto?
trocadilho infame, mas aplicabilíssimo as duas seleções.
aliás, gana realmente merece o título de brasileiros da áfrica. tal como a nossa, a seleção deles não passa de mais um engano desta copa.

Tuesday, June 27, 2006

a copa vista da área de serviço XXI

precisão suiça: sair da copa sem tomar um gol e não converter um penalti sequer.

a copa vista da área de serviço XX

caiu a folha de parreira? tudo por conta de uma leitura labial.

a copa vista da área de serviço XIX

linguajar do futebol, quem nunca mandou alguém a puta que pariu ou mandou tomar no cu que atire a primeira pedra. ainda mais quando se trata de futebol. até a fátima bernandes já deve ter feito isto noutras situações.
agora pedir desculpas, "pela invasão de privacidade do parreira", que extravasou, como seria de se esperar, e não foi balbuciando, só mesmo mandando fazer outras leituras. labiais ?

a copa vista da área de serviço XVII

um penalti inexistente e a austrália fora.
calculem isso em ganhos ou prejuízos de milhões de dólares.
alguém dirá que isso faz parte do jogo, são as regras, dizem, injustas mas funciona assim. como nos negócios.

a copa vista da área de serviço XV

portugal e holanda. baixaria comentar que foi o jogo dos paises baixos?

a copa vista da área de serviço XVI

depois de portugal e holanda enfio a porrada em qualquer um que me falar em fair play.

Saturday, June 24, 2006

a copa vista da área de serviço XIII

se o brasil sifú nas oitavas, como ficará a sua volta por sua transportadora oficial?
alguma outra companhia vai endossar as passagens de uma seleção que já ninguém mais endossa ? se não, vexame maior que a derrota ?

a copa vista da área de serviço XI ou trocadalho do carilho

jogar conta gana sem gana é varig na certa.

a copa vista da área de serviço XII

é a primeira vez de gana na copa. vão jogar contra o brasil com toda gana. com certeza. já nós, tenho dúvidas. muitas dúvidas.

Thursday, June 22, 2006

a copa vista da área de serviço IX

a varig é a companhia oficial da seleção. estamos mal da pernas por influência de má companhia ?

a copa vista da área de serviço VII

o conceito de equipe nunca foi aprendido pelos brasileiros. tudo aqui é na base do passar a perna no outro. a seleção é apenas uma critério de escolha, como todos, bastante discutível, sem a menor garantia de resutados.
em súmula: é melhor uma bom time de medianos do que um amontoado de craques.

a copa vista da área de serviço VI

o “fenômeno” fura, o “melhor do mundo” pisa, e haja seleção de cagadas. a bola mostra ao mundo quem é que manda, principalmente para aqueles que se acham os donos do mundo (e) da bola.

Monday, June 19, 2006

a copa vista da área de serviço V

na copa repete-se a ótica de sempre do colonizador. penalties e penalties não marcados. estão garfando as equipes africanas da mesma maneira que garfaram-lhe toda a vida, como ontem, hoje e sempre.
racismo econômico e não só ?

Saturday, June 17, 2006

sem graça

um dos poucos brasileiros sérios que ainda restavam neste país morreu de véspera.
fossemos uma país de bussundas e a nossa história seria outra. restamos o de sempre: ser um país de bundas.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)

a copa vista da area de serviço IV

o tamanho do sub-desenvolvimento do nosso ufanismo só tem comparação(ou origem) com o da nossa miséria: incluindo a moral e intelectual. nisso somos penta, hexa, octa, aos múltiplos, deixando o futebol na lanterna dos afogados.

a copa vista da área de serviço III

num negócio de bilhões de dólares, onde o importante não é competir, mas sim ganhar, não importa como, inclusive sem fair-play, entraria você com perna bamba em bola dividida?
muito bem, vai ter fair-play assim na terra da perna lascada.
contudo, sem querer, quebrar o seu espírito, antes da partida, qual das pernas? aconselho-o a ouvir a letra dos hinos, ainda que mal e porcamente traduzidas. não há um zinho sequer que não fale em estraçalhar e sangrar até a morte, para não falar de outras amenidades, os inimigos.
e inimigo é o que você é quando avança para a área adversária com ou sem fair-play.

Thursday, June 15, 2006

a copa vista da área de serviço I

finalização. este é o grande problema da totalidade das seleções nesta copa. não temos nós o mesmo problema em nossa vida cotidiana?

a copa vista da área de serviço II

na alemanha e na suíça, a bola pula de cidades em cidades. cidades limpas. sequer uma bolinha de papel no chão. a mim dói-me pensar que o brasil jamais será assim, conquistemos hexas e seus múltiplos, o que for. somos o país da sujeira moral, social, existencial, irreversivelmente, para minha geração.

o jeitinho brasileiro, endeusado, pelos dominantes, tenta esconder tudo, pintando de verde e amarelo sarjetas, favelas, cloacas, peças no quebra-cabeças de cidades decadentes e das novas que já surgem atoladas em fel e fezes.

há quem se convença, que a nossa opereta carnavalesca, é o espírito do amálgama da raça, invejável por sociedades que não tem o nosso molejo de quadris. ironia ou não, é verdade. no panorama de uma vida com indicadores decentes, realmente quem samba somos nós. ruas limpas, quem precisa disto? isto seria traição ao nosso jeitinho. jeitinho que faz paulistas irem para santa catarina e jogarem da janela dos carros lixo pras ruas, completando o mapa das cidades que vão ficando uma sujeira pela mais completa falta de educação mínima. e não podem dizer, desta vez, que foram nordestinos a fazê-lo. limpo agora, quem? pomerode ? não dá mais para ser otimista.

o brasil, já faz tempo, só faz gol contras. qualquer outro resultado aparente é fabricado pela nossa absoluta falta de visão do verdadeiro gol. viciados nos telões, esquecemos de olhar pros lados, pra trás nem falo, e, principalmente, para o que está por detrás das tvs de plasma: um buraco sem tamanho, viscoso de bosta e sangue, onde indigentes lambuzam-se da alegria delirante em ruas já não mais somente sujas, mais repletas de corpos de adultos e crianças que enfim deixarão de ser tristemente, amarela e verdemente, jamais amadurecidamente, morimbundos e desconhecidos de sí mesmos.