Saturday, May 24, 2008

sem sentido

flexibilidade é para com os contorcionistas;
disciplina é para com os bailarinos;
amor incondicional é para com os animais;
precisão é para com os ou as cobras;
infalibilidade, nem para nem com os deuses;
pecado é para com, e somente, os gloriosos;
o inferno, é aqui, e não cabe todo mundo que já está, quanto mais a maioria, que deveria, mas fica de fora;
mas o céu, o céu sim, é para todos. todos os sem ter nada mais o que fazer da vida para acreditar numa eterna, desperdiçando a coisa mais valiosa que já teve em mãos aqui e agora;
por isso, a rigidez é para com os mortos;
perdão, só se for de vingança;
e palavras, só as sem sentido. porque são as únicas que ainda realmente tem algum para e com.

Wednesday, May 21, 2008

pontuação

canalhas, quase sempre, tem sempre razão. mas quando não tem, eliminam o quase. sempre.

Saturday, May 10, 2008

parece coisa de cinema

valente é o nome do filme que serviria mais para j.lo do que para a melhor combinação de queixo, nariz, madeixas louras e olhos azuis de hollywood, sem falar da inteligência e, acima de tudo, independência: jodie foster. mas jodie é foster(não foi intencional) e vê-la atuando é sempre um prazer, ainda que não salve o argumento.

tal qual nossa maitê, o tempo passa e suas belezas permanecem. não intactas. permanecem. reconhecemô-las como quarentonas ou cinquentonas, rugas marcadas e expressões que lhes são próprias da velhice que lhes deseja. mas são belas quarentonas e cinquentonas, que certamente não dirão i want to be alone, pelo menos tão cedo ao que parece.

valente trata de vingança, prato que se diz come-se frio. mas não é esta a questão.a questão é que os chicanos agora são a bola da vez em todo roteiro onde não dá mais para colocar negros como nigger. antes de obama a coisa já havia mudado a ótica para o politicamente correto: aquela safra onde todo negro quer ser denzel washington na pele dos papéis de quem faz justiça no blockbuster do verão(que saudade de sidney poitier)mas sempre sob a mira de um white reaça todo. por isso mesmo mexicanos são os maus da fita agora ou seja: todo cucaracha que falar espanhol(argentinos falam castelhano, não esqueçam) não só neste mais em uma porrada de filmes que começa a refletir que o muro erigido pela indústria de los angeles é bem mais danoso e efetivo, se é que se pode dizer isto, que o muro de bush.

se é claro para muitos que não foi o poderio bélico que elevou os usa a categoria de dominador mas sim a indústria do cinema com sua amplificação, distorção e imiscuição do american way of life, não deve ser coincidência que mediante a pressão do méxico o cinema antecipe na sua forma ideológica o que será um país com mexicanos pulando o muro por isso mesmo necessário.

os próximos filmes colocarão nossos rodrigo santoros de periferia como a bola da vez?
nossos zés cariocas vão virar urubus?

bom, há diversas formas de vingança. no filme jodie acaba convencendo um detetive, negro of course, que é melhor mesmo eliminar os chicanos do pedaço assumindo nem que seja o papel dos brancos para preservar o agora seu.

e tome de the happy end.

Friday, May 09, 2008

semana cinematográfica

o filme é super lançamento. o astro do gladiador é a estrela. mas pera aí, o que é que faz na cena aquele celular quase do tamanho de um tijolo e ainda mais com uma baita de uma antena ?

ah! super lançamento reciclado?!!? um filme do passado apresentado no presente como se fosse o futuro intocado?

que mentes brilhantes. recauchutar um filme que passou desapercebido e servir o requentado como se fosse o prato do dia.

mas pera aí de novo. isso não é um tipo de pirataria da boa fé dos que só descobrem o tijolo depois da tijolada?

escolha o seu idioma e xingue a vontade

por uma questão de coerencia, retirem pelo menos os filmes anti-pirataria já que não deu para editar o celular carantão.

e isso foi só o começo da semana que começa pelo fim da picada.

Thursday, May 01, 2008

do trabalho e seus dias feriados mal e porcamente contabilizados

uai? não deveria ser o dia da preguiça, que o diga o paul lafargue?
p.s. se não sabe quem é o autor do "direito a preguiça", deixe de ser preguiçoso e aproveite o feriado, que já nem é tão mais feriado assim, e aprenda. genro do marx, detestado por ele, digamos que ele escreveu o "ócio criativo" da época.
pode acreditar que dá um trabalhão inglório ser preguiçoso o que geralmente acontece com quem trabalha muito, mas não segundo as normas.
pensando bem, o dia do trabalho, está mais para dia da escravidão. branca?