Thursday, June 25, 2015

aprendizado (para pequetita)

cena do filme peruano "casadentro"

ser fossemos realmente, mesmo, tão superiores, como julga a espécie ser, não choraríamos na chegada nem na partida. 

apenas riríamos de ambos enquanto houvesse tempo. não importasse quanto, quando, onde ou com quem. 




   



Monday, June 22, 2015

antes de viajar, deixei que ela própria, a viagem , fizesse das suas

































duas são as coisas, entre as talvez mais de dez importantes, se vai viajar - seja qual for a viagem - que deve-se sempre levar em conta ao fazê-lo: o tal veículo, e a sua companhia. sim, sabemos nós, há viajantes que chegam a algures sós. e que não são assim tão raros. mas sua especificidade não nos permite adiantar que sejam boa companhia. pelo menos para caronas. nestes casos, se você é um deles, sabe melhor do que eu, do que ninguém, escolha sempre o modelo de um banco só. mas acresça o bagageiro para o " nunca se sabe ". até porque, ele será necessário para deixar longe aquelas últimos trecos que você teimou em não abandonar mesmo quando estava nas últimas, se assim pensava.

mas voltando ao au pair, que não quer dizer exatamente par, nestes dois itens, assim como nos demais, porém mais, convém ser sofisticadamente simples na sua escolha. pode ter a certeza de que você não sabe como isso vai ajudar, para além dos comentários e interesse sobre o veículo, e consequentemente sobre você. incluindo os ladrões de objetos,projetos e moçoilos/as, cuja mala certa é o sonho de mudar de paisagem por falta de alternativas. creia: nestes casos, não se iluda, você não é nada mais que o cavalo de espíritos confusos. nem cogite, não valerá mesmo a pena. de certa maneira isso determina um pouco o exemplo do veículo que já estou dando - se você é daqueles que vai argumentar que isso não é um veículo de viagem, economizemos tempo, eu e você, e deixemos os livres de espírito já ir se aboletando nos assentos, enquanto você(s)volta para a sua estrada sem saída.

dos caronas, seja ele "carono" ou a, faço um lembrete anatômico, digamos assim se o quiser, antes de tudo: devem ser leves de espírito. e se possível na anatomia também. de tal modo que não faça o veículo, neste caso a "lambreta", pender. principalmente, para o onde não devia. e como preconceito contra volumes também é uma pendição, para não dizer perdição, também concordo que bundas e corpos volumosos não tem que necessariamente ser interditos, e que não possam ser leves de espírito. mas se o derrière ultrapassa, mais que o pouquinho que lhe dá charme, o tal diâmetro dos assentos, terá um decisão a tomar: ou troca de veículo, ou troca de companhia ou segue sozinho ou então empaca.

o fato é que nunca fiz uma coisa nem as outras. nunca medi as consequências quando o caso era viajar. porém hoje, com a autoridade de quem não carrega mais bagagem, o pós-doutorado do viajante, arvoro-me a incentivar melhor a quem indeciso para trocar de veículo e seguir sozinho, até mesmo para não me seguir(caronas há tempos que não levo mais, e as que levei ficaram pelo meio do caminho por desistência ou por insistência demais).

ainda assim, ainda há quem me pergunte, insistentemente até, e por demais, se não dá para aumentar o tamanho dos bancos, o que , apenas aparentemente, seria mais fácil do que diminuir o tamanho dos derrières.

agora imagine você, esta belezura acima, com os bancos aumentados. mais do que um atentado a estética. e a estética, é um bem ou mal que sempre há que se considerar, principalmente no tocante a proporcionalidade. então seria mesmo o caso de dizer que não apenas deslocaria o centro de gravidade mas atestaria a gravidade da falta de centro da viagem para além do fato.

p.s:  o veículo, neste caso,  é uma iwl, berlin, 1961, germany.




Friday, June 19, 2015

questões de perspectiva

cinque terre, ligúria, manarola























no fundo uma favela. tal e qual o vidigal. mas a perspectiva é outra.

Sunday, June 07, 2015

"amorteamo"

nestas "assustices", presentes e intentadas nas e das estórias de vida, e da morte; e que de tanta mentirinha bem delgada quase nos desmontam à peidos tremelicados ; 

e também naquelas histórias reais, "cabeludas", que nos levam do espanto ao ser cagado num calafrio ou vulto, e porque decerto de tanto verdadeiro que chegam ao ponto de assustar até cachorro morto, 

eu que, ainda aparento estar mais vivo do que morto, apesar de certa controvérsia cada vez mais, a cada estória ou história, contada, levada ouvida ou assistida, 

sou levado a certa conclusão ainda incerta mas que sei é de chegar a ser tão definitiva quanto a própria caetana *:

pois bem: no caso de, é bem melhor ser um morto vivo do que um vivo morto.

pois o que se enterra nesta vida é o que não se leva. e não me tome por mais um parlapatão que desde já lhe digo, não desdigo a mim na frase anterior deixando solto por cá ou por ai que no fundo estou a mim contra a dizer que há vida depois da morte requerendo passaporte.

é justamente ao contrário: depois da morte é que não há vida mesmo.

então largue de ser morto enquanto ainda é vivo.

* como é denominada a morte no nordeste do brasil

Friday, June 05, 2015

so sad *

* olhar de uma girafa que vive no zoológico de Barcelona, na Espanha (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)
tristeza mesmo é a dos bichos; disso que os leva a ser menores perante os senhores, humanos, sedentos, sangrentos e pestilentos, dos animais.

a dos outros bichos, humanos, tristeza, não chega a ser tão contundente, já que senhores de tudo são mas sequer de si, e a tudo que lhes toca, reagem como se não fossem animais.

Wednesday, June 03, 2015

por certo perdestes o senso e vos direi no entanto


bússola. delas quase nada ou ninguém se lembra. mesmo que modelos modernos tentem reproduzir uma imagem up-to-date.




























mas também isto não adianta muito, ao que parece. quantos saberiam mesmo usar uma bússola? para além de uma certa admiração ou fantasia aventureira, sobre o estar perdido e achar-se com uma gerigonça - hoje se diz gadget - que alguns chegam a pendurar no pescoço? mesmo quando o pescoço está por um fio ?













também de nada adianta chorar sobre a bússola derramada. pior ainda
aconteceu com o astrolábio, este a quase totalidade nem sabe o que é, e quanto foi importante na história de destinos por séculos, muito mais que a própria bússola dos perdidos, já que o astrolábio garantia o caminho a ser achado muito antes.








































fato é que entre tantos artefatos, dos achados e perdidos, chegamos ao gps, o supra-sumo da localização humana. mas qual o quê? quantos também não se perdem com ele muito mais do que se acham ? seja qual for a sua rota, urbana ou transcontinental?


































imponderável ao que parece é: quão mais longe vamos com o pretexto de nos acharmos, e tão somente, mais distante e perdidos estamos do rumo pretendido, quiçá de onde nem nós mesmos na maioria das vezes sabemos que estamos. 

mas não faça disto uma "regra escotista". afinal: tem gente que até parado se perde de si mesmo e de todo o resto. e não é por falta de instrumentos de orientação tirados da caixa ou não.

ainda que corra o risco de fazer uma assertiva pseudo encontrada e ainda mais perdida do que as outras(para não dizer auto-ajudista que baste e não menos piegas) diria que é essencial perder-se, de verdade, para poder se achar. e já que assim é, para que tais aparelhos? e se assim não fosse, achado está, para que os tais também?

entre o achar e o perder-se o pior destino é o daquele que fica no meio do caminho. e assim sendo, nem uma coisa nem outra pois, por mais que se ache a ponto de ser perder ou de se achar, não está nem uma coisa nem outra.

no limbo, nem aparelhos nem a vida funcionam. mas isso não está nas cartas* apenas no tino dos argonautas.

* náuticas, of course

Monday, June 01, 2015

momento auto-ajuda ou por falar em marra


























de sã consciência, chapada ou "tranquilo", se lhe dissessem que esse cara ia longe, por mais que o longe imaginado fosse ali na esquina, você acreditaria ?