Sunday, March 11, 2007

problemão, que juntos dos outros é pinto


o grande problema dos homens e das mulheres, por extensão? da humanidade? é que não se pode amar tudo e a todos ao mesmo tempo agora.

e todo mundo deseja isso, muito emboramente sempre no papel de amante e não de mais um ou uma amado da silva. se bem que existam tardos que sonham em ser amados por todos o que é pior do que reza braba.

agora odiar, há quem diga que pode.

mas que sentimentozinho mais besta sô. se você pode fazer o mesmo estrago amando?

experimenta agorinha mesmo sair por ai amando e sendo amado por todos.

concluo que o amor não resiste a mais ínfima suruba. e que é o mais mesquinho dos sentimentos. do qual não escapa nem mesmo o tal dito amor filial ou materno.
e que tal mesquinharia pode atacar até a quem ama a sí mesmo caso tenha personalidade dupla ou múltipla, e arriscaria dizer que nem isso é preciso.
basta você amar mais de uma coisa em sí e tudo já estará derrotado.
o amor então é uma questão de foco da maneira mais desfocada que você possa reter ou expressar.
dizem que estamos em crise por falta de amor. sinceramente, acho que é justamente ao contrário.
por trás de cada sentimento dito assassino, ele está lá movendo de homens bombas a mártires tresloucados. da dona de casa pacífica subitamente selvagem ao selvagem que vacila e morre por ter um lapso de sentimento.
sei, sei que me dirá que isso não é amor verdadeiro, que o amor verdadeiro em nada se parece com tudo que vemos, sentimos ou dizemos que é amor.
mas pelo amor de deus(a frase mais usada para expressar o desamor) tenham santa paciência. de um ou jeito ou de outro já fomos, estamos e seremos condenados em nome do amor.
por falta dele ou excesso. da sua compreensão e incompreensão.
que tal se o mundo amanhecesse sem amor?
restaria uma possibilidade de acordar em paz, conosco, com o vizinho, com o país inimigo, com o cachorro que chutamos na rua para proteger os nossos filhos do seu focinho mesmo que seja da associação do amor aos animais.
a questão não se trata mais de dar uma chance ao amor. quem faz isso geralmente comete a maior cagada e dela se arrepende por toda uma vida, aliás, que coisa mais rastejante, cagar por amor. a questão agora é dar uma chance a ausência dele, desta busca asfixiante, desta hipocrisia desmesurada que nos leva no bico o veneno com o qual alimentamos a prole e o desatino das gerações futuras.
a nossa cruz não é a falta do amor. ele é que é o cravo que transforma a história em novela.



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