Monday, March 19, 2007

andar com fé eu vou

nas estradas, além dos buracos, dos policias a pedir propinas, dos motoristas de fim se semana, dos imbecis dos importados, das carretas e do ônibus assassinos, os próprios. de plantão mais eficientes do que a própria polícia rodoviária, muito melhor armados de tudo para todos;

nos céus, além dos raios, dos vácuos, das tempestades eletromagnéticas, das dores de barriga e de corno mal curadas de comissárias, comandantes e pilotos, o esfacelamento pelo esgotamento da mais relés dignidade em terra sob a conivência das ditas autoridades do céu que permitem que companhias aéreas ignoram os princípios, leis, regulamentos, que hipoteticamente aplicar-se-iam ao permissionamento à prestação de serviços; já não bastasse, os taxis, as vans, os traficantes e as putas que nos carregam de mala e cuia a peso de verdadeiros assaltos, qualquer aeroporto, quanto maior mais maior de grande o descalabro, vide tom jobim e o bagulho de são paulo, graças a nossa demência de querer contrariar a lei da gravidade embalados pela publicidade que dá asas ao ladrão;

nos bancos, além das filas, das taxas, dos assaltos,das balas perdidas, tomamos com os extratos onde as taxas nos sequelam mostrando que a agiotagem oficial é tão perniciosa quanto a dos endereços soturnos, com a diferença que nestas só caimos se lá formos, não se discutem os motivos, e há que se louvar que seus seguranças são tremendamente mais eficientes, tanto que nem polícia, milícia ou traficante, quando não eles os donos do negócio, se metem a besta, coisa só intentada por dementes encorajados pelo desespero tão paroxístico quanto a exploração a lhes ser submetida;

nos serviços de saúde, movidos a plano ou não, o plano é nos matar lentamente, mas não tão lentamente se o caso é o aumento das taxas imunes a da taxa de infecção, abandono, desprezo movida por comércios outros. neste caso decidem aleatoriamente falência múltipla dos orgão após a síncope provocada; neste caso também os orgãos dito oficiais que deveriam se responsabilizar pela zelo as nossas contribuições do inss jazem putrefatos em geladeiras d´outros imls, mas não seus dirigentes que abstendo-se ao desespero de necessitantes de transplantes cospem fígados de criancinhas na figura de arrotos de caviar;

nas cidades engalfinham-se prédios e favelas na luta pela posse da paisagem, em comum tem o financiamento pelo tráfico que lava os olhos da arquitetura nos lodo das fezes esgotadas morro abaixo e que confundimos como nosso olhar detergênicamente hipócrita e racista que atribui a pobre negrada a culpa de tudo em que não metemos a mão pois achamos sempre que a merda que fazemos é perfume enquanto a dos outros não, principalmente, e determinantemente, se a coisa vem de pobre, preto e favelado(onde você guarda o seu racismo? de preferência na cobertura ou no mínimo acima do décimo andar, of course or of course not?

a nossa polícia, não a cúpula, mas a rafaméia que chamamos de meganha, e que durante bom tempo, e bom tempo ainda o fará, acostumada a barbarizar e violentar a vida de quem só lhes quis por perto quando nunca a teve porque era preciso e seu dever, servir e proteger, recebe na carne a bala de fuzil que tantas vezes meteu em quem não devia. deve por isso mesmo agora estar pagando conta devida mas que chega por ironia a muita gente que não figurava na caderneta, assim como os que não deviam e que por ela foram cobrados até a morte, quando não da miséria de ver perdida sua decência numa revista onde páginas brancas se tornaram negras ou sangue espirrado pra parede ou mijado no mato qualquer do baldio onde se engallfinham as diversas formas de polícia que desceram da viatura para muito abaixo da linha sem volta;

na amazônia já vai lá na frente a inanição do nosso pulmão, da nossa caixa dágua, da nossa mata repleta de cura e maladie à mistura, cujo desequilíbrio está fumaçando bem no alto do nosso cucuruto que visto até do espaço causa espanto a nossa indiferença que põe por terra à moto-serra o nosso de há muito ignorado chamado instinto de sobrevivência;


na educação, a grande arma para derrotar a escumalha nacional dominante, e dar ao homem e mulher brasileiros a glande e o clitóris que lhes foram estirpados ainda fetos, estamos realizando um feito que entra cu adentro nos anais do esfacelamento e a deformação de um povo que consegue chegar diplomado a universidade como o mais puro analfabetismo funcional que se tem conhecimento na história; não consegue entender nem operacionalizar aquilo que lê, portanto incapaz de tornar-se um ser completo na exatidão das palavras que o decantam enquanto maravilha de deus, capaz de discenir que o falso como o não falso são um momento do verdadeiro genocídio que se verifica hoje no brasil, torniquete que a título de salvação, grangrena uma nação comandanda por um torneiro mecânico que se orgulha de ter chegado ao poder de não poder mais e que por conta disso mesmo anda podendo todo mundo que está abaixo do alquebrado da miséria com seus anzóis de iscas circunstanciais que esfolam as guelras infra-estruturais usurpando-lhes o tino de subir contra a corrente que lhes quer eternamente sardinhas em lata;

enquanto isso milhões e milhões de brasileiros, de centena e meia ou mais, resolve que é hora de meditar, de ler paulo coelho, de se descobrir espiritualmente, de revigorar o catolicismo estendendo tapetes vermelhos a quem nos mantém em eterno estado de genuflexão e jejum, sem nos dar nada mais que óstia para matar a nossa fome de tripas e de justiça regado a um vinho que é sim o nosso sangue que lhes abastece o rega-bofes.

ou seja, vão ter fé assim na puta que os pariu!

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