Friday, March 16, 2007

não receba spans nem de você mesmo


internet é tão bão. a gente também acha.
mas a extrema facilidade com que você acha, recebe ou devolve, imbecilidades(espero que esta não seja mais uma) dá-me saudades das formalidades das comunicações "mais distantes", principalmente em questões extremas,
cada vez mais há gente na internet sem saber exatamente o que fazer com ela afirmou um expert ao referir-se sobre o ponto de vista profissional - mas pessoalmente a coisa anda também assim.
o famigerado spam é a preocupação de todos. dos executivos aos desocupandos e aos executantes como eu. mas o pior do que o spam, é o toc-toc dos amigos pra lá de amigáveis.haja saco!
interneticamente falando não os tenho muito, pra alguma coisa há de servir o meu feitio arisco. mas os poucos que tenho, ou que julgam que são, me chateiam, com o envio de toda sorte de notas, comentários, piadas, citações, referências, ufa! que gente de imaginação fértil.
é assim uma espécie de spam para o qual não há filtro, só decapitação ou exílio na sibéria, coisa que agora não nos coloca mais a salvo deste tipo de gente, aprendi depois que cometi a besteira de abastar me perfil no orkut.
assim cansado, resolvi enviar coisas para mim mesmo, para ver se abro o mail e dou de cara com algumas coisa mais inteligente e proveitosa do que o mais do mesmo de sempre.
confesso que nem eu acerto. mas tenho procurado melhorar o nível, principalmente naqueles sites que permitem enviar a nota ao amigo. e envio a mim mesmo e aí não tenho o que reclamar. condescendente comigo mesmo, qualifico-me com dentro da média aceitável de spans.
porém, algo de grave está para acontecer nesta minha preparação para a ermitandade: o fato de que cada vez tenho gostado mais de corresponder-me comigo.
periga eu me apaixonar por mim mesmo. vai que marco encontro? mesmo sabendo que vou me decepcionar horrores?
sabe do que mais? por via das dúvidas? ando pensando em deletar-me também.

p.s. a ilustração é do arthur de carvalho, que você encontra na web na carta maior. ela foi miseravelmente arrancada de lá por mim, tal como outra, publicada anteriormente, o que só mostra que a coisa contamina a começar pelo que não se deve.

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