ledo engano se me disser que o cotidiano hoje não apresenta muitas opções de você ser quem realmente é, ou o que deseja, em meio ao irônico mundo multifacetado de possibilidades tantas de símbolos e imagens que na maioria das vezes representa mais o vazio da vida atual do que o enchido de linguiça que se tornou a vida para a maioria das gentes.
sempre há opção, mesmo quando não há opção alguma, se o ab ovo não feneceu, o que não deixa de ser uma opção partida ao meio. o não perder a consciência dos fatos é sempre uma opção a mais nestes casos em que a manutenção da personalidade insurge-se como um obstáculo ao bem suceder-se na vida.
cá do meu buraco tenho um livreto de inúteis anotações fúteis onde rabisquei o seguinte: entre o medíocre o e o ruim, eu sempre fico com o ruim. esse ainda pode ter jeito. creio ser um pensamento inevitável para quem também acredita que o bom é inimigo do ótimo. e persegue o ótimo mesmo que isso não seja bom quando a perseguição se dá por interesses outros que não a necessidade de intensidades mais extensas do que os zeros a direita da sua conta bancária.
se você não precisa do ótimo para viver, ótimo. mas não pense que fica mais fácil a sua opção. a simplicidade das escolhas é tão difícil como enxergar na simplicidade o ótimo que você perseguiu como um cão ao seu rabo deixando de enxergar o "osso" que estava a volta tão perto.
nestes casos dificilmente há volta ou voltas. a não ser volta e meia para o desaparecer de vez como pessoa. e não venha me dizer que foi por falta de opção.
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