Saturday, February 14, 2015

a verdade é que, provavelmente, não sei contar piadas


meus inimigos, muitos, mas nem tanto como gostariam, dizem, alguns, que não poderiam ter melhor amigo. provavelmente pelo trato que tenho com a verdade: sempre em primeiro lugar. e por ser sincero em minhas lutas e postura nas frentes de batalha;

já os amigos, poucos, a maioria, desejam-me aos seus piores inimigos. provavelmente porque não lhes poupo da verdade ainda que lhes seja desfavorável -  na maioria das vezes é - expressa na sinceridade, para eles sempre fora de lugar, dos comentários sobre seus mal-feitos e também sobre seus parcos acertos, sendo o parco a outra face dos meus desacertos, segundo eles, que não foram poucas as vezes que me tiveram como "muy amigo".

dizem de caras assim como eu, que são impingidos ou sofrem do mal do "fogo amigo", expresso no bordão, perde o amigo mas não perde a piada, aquele que queima indiscriminadamente as possibilidades sociais de nexo, compreensão, e engrandecimento profissional, que costumo chamar de arrivismo, carreirismo para os menos íntimos com o dicionário, ainda mais em tempos de redes sociais.

disléxico talvez eu seja, no que escrevo e no que percebo da escrita deles. mas não sou, com certeza alguém que troque a amizade pelo riso imbecil da piada fácil. aliás, tenho cá comigo que um riso de mentira, não passa de um escárnio da verdade. e não vejo nisso grande piada.

isto posto, não venha me contar lorotas, como se fosse verdade, esperando que por ser seu amigo, eu me desfaça em gargalhadas. 








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