Friday, September 15, 2006

kimimo

a primeira capital da cultura brasileira, olinda, esbanja gafes mais uma vez, ao organizar pelo segundo ano uma série de concertos, que em principío seria um mimo para população tão carente de espetáculos em franquia.

acontece que fundamentos básicos na produção de um espetáculo foram esquecidos apesar de tantas partituras. como por exemplo a escolha acústica de igrejas que em vez de contribuir para a elevação das sonoridades – ou seria enlevação? – acabam por abafá-las, gerando recorrência a amplitudes de onda tornadas eletro-acustícas, o que é sempre uma agressão aos ouvidos puristas, preciosismo que deveria ser observado em respeito aos virtuoses convidados.

no último espetáculo, domingo que passou, mais do que uma gafe, um desrespeito a platéia e a orquestra retratos do brasil. a platéia que acorreu ao seminário de olinda, mais do que as cadeiras de plástico que inibem acusticamente a propagação do som, viram-se sentadas com vista cega para os músicos ou seja: ouvia-se ao som, mas por uma questão de disposição espacial e da falta de nivelação ascendente não via em sua maioria a orquestra no seu todo ou em partes. já a partir da “quarta fila!. recurso extra era o telão no páteo frontal, com um som de péssima qualidade, imagem idem, e um vento que convidava, não ao aplauso, mas a bater em retirada.

pior do que este mimo só o café.

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