Tuesday, September 18, 2007

idade dos enganos


a juventude não é a idade da velocidade. ledo engano, típico de quem entra na contra-mão.
a idade da velocidade, por sí só já dita nas idades altas, é a idade em que você se acha ou lhe é imposta a velhice.
tardia ou precoce, nela entrando, tudo é por demais rápido e veloz. o beijo, o gozo, as ausências, as substâncias digeridas e seus resultados.
tudo é extremamente lento na juventude. tudo é demasiadamente rápido na velhice. prova dada é que você leva uma vida para morrer. e quando se é velho, e pei-buf e você já foi.
é claro que há uns velhinhos renitentes a embaralhar o tráfego.
mas nada que uma sirene ou um guarda-anjo de trânsito não resolva numa lapada.
deve ser por isso que já nascemos com cara de velho. coisas da velocidade da nossa efemeridade. acentuada não nas dificuldades de locomoção em tudo que parece subida da curva da velhice a qual associamos o trôpego. mas sim na banguela da boca e da descida sem freios para o caixão.

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