viagens,rotas e destinos.pirambeiras,becos e ruelas. atalhos e picadas.portas,pontilhões e ponta-pés. vida trilhada à pele.enfim,um blog que coleciona topadas e joanetes a procura da reflexologia podal.
Saturday, November 08, 2025
acontece bem embaixo dos lençois
nunca me deixei abater, é fato. mas a tristeza, o sofrimento, a dureza de tantos acontecimentos, onde fui levado de enxurrada, atropelado por jamantas ou largado a sorte de cachorro abandonado ao largo da estrada, são sensações que se leva muito tempo para processar. a navalhada, você sente no momento. é lancinante. o tiro, antes que seu corpo esfrie, quase passa desapercebido. ou seja você está atordoado mas prossegue por instinto. leva tempo e a dor cresce a cada dia que se passa sem que você perceba. é a sua segunda sombra. de vez em quando você olha pra trás e ela está lá. nuvem teimosa que nubla dias de sol. anos se passaram da infância a adolescência, que nem conta me dei que não vivi porque tinha que ser adulto para não vergar e como tal, adulto, dou encontrões na criança, no adolescente. mas como disse, não me deixei abater. segui em frente e não fiquei choramingando nem reclamando tal destino. é isso que sou e o que fui é o que me fez rolar escada abaixo sem perceber direito quem ou o quê me empurrou pois não tinha tempo, mais o tempo do que maturidade. não podia parar pois tantas escadas por subir acabava no rolando pra baixo ser impulso pra rolar pra cima o que é uma estrepolia diante da gravidade dos fatos anteriores já não bastasse a lei da gravidade. o que sou, o que sinto, a cor do meu sorriso, a forma da minha sensibilidade, o olhar sobre o caminho, a vida, onde vim parar? bom, eu sou uma das lagoas dos lençois maranhenses. a analogia gostaria que fosse outra. mas quem de mim chega perto nem sabe o que originou estes lençois que postos em camas de areia, tem como travesseiros, nuvens no céu que deveriam estar abaixo de nossas cabeças para um sono repara(a)dor. l
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