que se recusam a morrer
disfarçados de velhos serelepes
que sobrevivem resistindo a toda sorte de ditaduras
inclusive a da moda
permanecendo fieis a seus ideais
ora comunistas
ora woodstockianos
acreditando que o novo sempre vem
mas que não saem dos anos 70
quando a utopia mostrou seu corpo e suas caras
pra morrer
num logo após
bem antes da
virada do século
empanturrada de fastfood
o que já não lhe permitia
nadar nua
nas noites de lua
nos mares do sul
sem nem ao menos
ouvir o canto do cisne
da última banda
da qual já nem se lembra o nome
abafada pelo tilintar de moedas
que é o novo riff do rock de quem já nem sabe que o rock não morreu
mas que mumificou-se
na pele de um pandeiro
que não shake mais.
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