Thursday, March 19, 2015

da inútil, dificultosa, e desastrada arte de se emperequetar






feio quando é feio, quanto mais se ajeita ou se tenta mais feio fica (chega ao ares de um desastre de proporções catastróficas).

o belo, quando belo, se é belo para que ser ajeitado? tende a esfumar-se quando não descamba pra feiura mal ajambrada.

já não basta a beleza que cabe ao belo por si só em meio a tamanha desigualdade entre o belo e a feiura? e a feiura já não basta o espectro que lhe ronda até dormindo(inútil dormir que a dor não passa).

pois bem: é preciso que alguém dissemine uma nova teoria mas acima de tudo praticada sobre o que é belo e o que é feio, principalmente nas ditas cerimônias dos momentos inesquecíveis - o feio será inesquecivelmente feio e o belo, que foi mal ajeitado, será sempre digno de notas maldosas.

não digo com isto que as pessoas, belas ou feias, não possam dar um "tapa no visual". mas tapa no visual não é bofetada na gente, gente. porque hematomas também não é nada lá muito bonito, e não há base, pancake ou duocake que lhe disfarce. 

au naturel se faz favor. que aquilo que é feio tende a passar desapercebido -   eu sei, eu sei, é duro, mas fazer o que?  e o que é belo tão somente a ser valorizado. 

na esmagadora maioria das vezes fazer bonito não é tentar ser ainda mais bonito. é não se fazer(ainda mais?)de feio.

think about, please.

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