Thursday, December 05, 2013

sustentabilidade













aqueles olhos verdes de mar nunca olhavam para aqueloutros azuis de céu
astrolábios.

cabisbaixos, aqueloutros verdes de mar, tão duros de sal e sol, fizeram-se molhes ao peso do mar daqueloutros olhos azuis se afundando em lágrimas que rompiam diques em picos de sal e só.

na areia e na testa, na fronte e na nuca do nunca rutilar, restam sul e sal num bico de gaivota que entreolhos afogou-se de tanto esperar.

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