Tuesday, December 31, 2013

instantâneaidade



das chamadas artes que combinam tecnologia com domínio artístico(leia-se estético) creio que a fotografia é mais terrível delas no sentido de que é uma verdadeira bruxaria. ora nos mostra como verdadeiramente somos e não nos vemos. ora nos mostra como não somos e como queremos acreditar que assim o somos - do jeito que a fotografia nos mostrou(escondendo ou amplificando).

ressalto que assim falando, não trato aqui dos desmandos do "photoshop", generalizando tal nomeação refe/rindo-me a programas de edição ao que capta a máquina. mas sim do instantâneo/eterno momento do click, onde se configura o plasma entre os olhos olhados e olho que tudo vê e nega ou revela em sua extrema vilania ou sabedoria sem que o fotógrafo possa intervir pensando ele que assim sempre o faz.

e assim cumpre-se o vaticínio da cisma indígena: "nos rouba a alma". os que a tem devem evitá-la, principalmente nos dias de hoje onde uma medusa(a mídia) espalha estagiários de tal bruxaria em nível de quinta categoria com dispositivos ainda mais aguçados em disparar a torto e a direito configurações que a relatividade das coisas acrescenta ou suprime da realidade. 

susan sontag que o diga ou teria interpretado mal?

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