viagens,rotas e destinos.pirambeiras,becos e ruelas. atalhos e picadas.portas,pontilhões e ponta-pés. vida trilhada à pele.enfim,um blog que coleciona topadas e joanetes a procura da reflexologia podal.
Monday, August 11, 2025
solstício de verão ou quase morte em veneza
na frente de casa, vizinho que não sei "daonde", cumprimenta do alto dos seus vinte e poucos anos: - fala coroa! quase um susto. mais com a gíria velha e menos com a constatação. sim, sou coroa. e se pensar bem, vou além disto, o que afinal acaba sendo bom: afinal nem tão velho na aparéncia para cravarem o terceira idade ( que denominação mais cu) nem tão jovem para escapar do fala coroa. um pequeno choque de realidade, já que às vezes me vejo, sinto, procedo como adolescente, menos por devaneio e mais por espírito, apesar do espicaçado do equilibrio que começa a tontear e das artrites que cavalgam o eia! chegamos cá. desta vez, fiquei menos susceptível do que quando a jovem médica otorrina, em meio a exame básico para avançar ou não com o diagnóstico de sindrome de meniére ( últimamente estou três chic, só doenças em francês como a de peyronie e a artrite psoriática, que não é em francês mais mas parece titulo da legião estrangeira) estalou na cara: - o senhor tem de se cuidar; porque não parece mas é um idoso, com um sorrisinho algo filho da puta entre o cínico e o este eu ainda pegava, o que creiam-me, dada a situação, não me deixou nem um pouco vaidoso ou com tesão. de tal sorte que o fala coroa foi respondido com o vigor de adolescente, enquanto o sol se punha, ainda dourando corpos de coroa e cabeça de adolescente, devidamente consciente que o arrebol é sinal a se pensar, pois é adolescente ao acordar e coroa ao se deitar. no meio disto há sempre o corpo que cai e a cabeça e espírito que se recusam a ir junto. na próxima consulta a otorrino, me comportarei como velho tarado e gagá, ainda que seja só no pensamento, já que o adolescente nunca foi assediador.
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