recém
chegado dos anos cinquenta aos 16, resolvi simplificar as coisas;
talvez, ainda tenho dúvidas sobre isso, por ter ganho com o passar dos anos um pouco de sabedoria - para saber tirar o melhor da vida, já que até agora a vida me tirou o que eu tinha de melhor - resolvi, mas não como doidivanas, não mais dar tratos à bola. e deixar a vida(ou a morte) me levar. agora vai que vai por que eu tô que tô.
não é um novo começo. sequer um recomeço. viver é uma linha pontilhada de contínuos e fragmentos, de muitas curvas, aclives declives, chegadas e partidas. nunca sabemos se estamos indo ou voltando, por melhor que seja nosso senso de direção. e, o que é muitas vezes pior: se estivemos caminhando em círculos. portanto, sem sair do lugar por mais que o tempo nos iluda que não.
o mais importante - aos troll-sabichões de plantão - nunca saberemos quando será a última vez do começo ou a primeira, e quiçá definitiva, do fim. muitos sequer sabem quando é a primeira da primeira, e se dizem felizes ou infelizes por isso;se é que eles tem a mínima ideia do cataclismo quando isto é mesmo isso.
então, se vai dar pé ou se o afogamento dar-se-à, não é isso mais que me preocupa. afinal, preocupar-se com o que quer que seja, adianta alguma coisa?
então, acelero e ultrapasso essa fase, parafraseando a "filosofia de para-choques de caminhão" :"não me importa se a vida* é manca, eu quero é rosetar".
* no original, se a mula é manca
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