lembranças de pedras sólidas
assentadas em sonhos de nuvens
que se afogaram em estrelas cadentes
dançantes e meteóricas como as pulsações do coração que já reinou sobre a razão das razões
as paixões de antes
já não se refletem no pênis
que não reflete as tesões de espelhos
antes quebrados do que bolorentos e embaçados
mas que refletem o homem que desponta entre a neblina outrora nascimento agora fim de linha com seu desaparecimento em aparições cada vez mais tênues
tudo isto é um pouco do muito tudo
que se perde e se acha em cada instante que falece a cada momento que renasce
a mão de cujos dedos tantos acordes não mais
tristemente implora aos ouvidos novos tons
daqueles que vêem e escutam canções de beto guedes com sua timidez noz moscada de sensibilidade mordida
com os mesmos olhos molhados apesar de tanta presbiopia ante o futuro que cada vez mais uva que se torna passa
assim assim o cérebro é uma mapa estelar muito maior que o universo
que o homem tenta desvendar para provar sua incapacidade de entender a si próprio mesmo nas noites de lua cheia mais estreladas
pois guarda sol de escuridão
que queima seu espírito como o frio ártico de um sol que um dia foi incandescente
e eis que num átimo de eletricidade química, física e atômica tudo permanece e se esvai como a criança que deitou adolescente e acordou homem lobisomem
esquecido de tanto lembrar.
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