Friday, December 06, 2024

solidão tem quem acredita nela; ou vá tomar bem no centro do seu cu; ou de outra vez vê se manda um pix

há um universo em mim. em qualquer área pequena do meu corpo, que seja, sem contar os bilhões de galáxias que coexistem no meu pensamento, adicionadas as não menos numerosas dos meus sonhos. isso sem contar o inexplorado do meu inconsciente, que transforma as galáxias do meu pensamento, e sonhos, em uma colher de sopa de areia de números mignons. dito isto, como temer a solidão? como dizer que estou sozinho?  se uma multidão de tudo e de todos - sem desprezar bactérias, vírus e sabe-se lá o que mais, neste terreno abissal, o qual hábito com o sopro de uma existência que tudo compartilha, sendo ela mesma fruto de compartilhamentos outros - produzindo um vozerio que às vezes até perturba. seja na mais alta das montanhas, que já foi o fundo do mar ou no mais profundo do profundo dos oceanos, que me faz pensar que o céu é o mar de cabeça para baixo e vice versa. é impossível para mim me sentir sozinho,  pois tudo ribomba ou ribimba ou ripimba nos meus ouvidos,  incluindo a síndrome de meniere. mas se você não vê nisto novidade alguma e tenta me assaltar com versículo qualquer, dizendo que ninguém está sozinho, pois deus sempre estará conosco, eu não tenho outra opção senão a de mandar você tomar bem no centro do seu cu. o universo interior e exterior é algo belo demais para ser conspurcado por um cheque sem fundo tão rasteiro. de outra vez, vê se manda um pix, que não seja programado.

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