Tuesday, December 31, 2024

bem no centro do seu cu


pessoas, ditas do bem, de familia, de deus, não perdem a mão p arremessar imprecações, impropérios ( quando não matam e esfolam mesmo ) aos que usam palavrões como piu forte na sua vox artistica ou não. dentro e fora da narrativa, trate do sexo ou não, um bom vai se foder vai ser sempre repugnante e alvo de crucifixões morais pelos mesmos, que em nome da moral, da religiosidade e bons costumes (sic!), foderam homens, mulheres, crianças e bichos, numa tara de tal sorte horrenda, que nenhum palavrão lhes apanha magnitude. é a tal coisa, ironia abjeta, foram eles os reponsáveis pela inanição de expressões que antes se bastavam para descrever cenários de genuflexão ante situações desumanizantes e atos torpes que fariam de qualquer palavrão letra morta diante de tal. um lambe botas não produz mais ante o quadro de derrota moral do homem/ mulher que baba ovo ( outra forma já reprimida e hoje tornada tísica ) bajulação rasteira de objetivos ainda nais rasteiros. e o que é mais irônico ainda, é que são os homens de bem os lambe botas (como nas ditaduras) e os baba ovos, a ponto de chegar em inguas, os responsáveis pelo recrudescimento do palavrão, já que toda ação diminutiva ou repressiva enseja reação. quem manda outro tomar no cu, não lambe botas nem baba ovo. e se o lambe botas, o baba ovo, se tornou eufemista, que venha e veio o lambe cu, cujo efeito desconcerta e eriça o cu e a moral desta gente biltre, que não tem o menor pudor em arrombar o cu dos outros - sexualmente ou não - e sempre dos mais fracos e inocentes, nos casos das crianças, cujos homens de deus, vitimizam sem dó nem piedade. para estes, o palavrão continua inadmissível e de mau gosto. então, eu, que sou adepto da palavra certa no orifício certo, continuarei a escrever , sem arrodeios, mirando bem no centro do seu cu.

desnecessário

nem tudo que escrevo as pessoas " gostam ". (nem eu). mas é necessário.

Sunday, December 29, 2024

carpe diem

quando te disserem, que ainda não foi desta vez, confia que és a bola da vez. então, apressa-te. e não deixa por incompleto o que tiver de cavalgar. é que a morte, quando para pra cagar não usa papel higiênico. deves saber como é. além do mais, sequer usa cuecas. não conte nunca com uma morte limpa.afinal, se a vida já não o é, vais querer agora esterelizar pelo fim?

Saturday, December 28, 2024

de passagens

meus caros não há anos novos, passagens, livramentos. depois que se perde as pregas, nada é novo pra ninguém.

Monday, December 16, 2024

da jardinagem


da casa nova, ainda por reconstruir, quero varanda de redes e cadeiras preguiçosas, para aproveitar a nesga de vista que terei do mar, o suficiente para ver, sentir, saber, que não estou lá mas estou perto. terreno " grande ", 15 x 30, como todos de esquina, cá por estas bandas. já tenho distribuição dos comodos e aproveitamento do terreno mas dúvida ambidestra sobre a arquitetura. ousada, como parte de mim ou simples, sem ser simplista, a outra parte. qualquer das partes, levo em consideração espaços destinados as fruteiras, plantas e sobretudo o aconchego a penca de cães, gatos, jabutis e, gostava eu, de timbus, não fossem os cães implacaveis até suas mortes; sempre lembrete de que não existe paz completa. mas uma coisa foi definitiva desde que decidi aqui morar: haveria um canteiro, algo como 4 metros à frente da varanda, o suficiente para albergar flores de cores diversas, matizes de azul, roxo, branco vermelho, amarelo e rubi. e por entre elas, veria a pequena aquarela de verde, longe vista do mar, a compor o quadro que me quero bucólico, tais aqueles de feirinhas dominicais onde tudo se vende em nome dos sem nome. isto posto, pensei com meus espinhos: para tal empreitada, ainda mais por ser delicada, melhor contratar profissional, orientação abalisada sobre convivência das espécies - a convivência é sempre um problema em qualquer reino - adubação, rega, enfim: de tudo um pouco que faço por instinto, sublinhe-se muito mais animal do que vegetal, o que me faz prudente em buscar ajuda. mas não sem antes ressaltar a moçoila que já tinha especies escolhidas e que tais seriam obrigatórias, respondendo-lhe ao deixe comigo, se me der liberdade, farei um canteiro que lhe fará satisfeito. no que complementei: a obrigatoriedade destas plantas que escolhi, deve-se a promessa feita as suas matrizes de que mudariam comigo para a casa  onde definitivamente seriam melhor tratadas. como promessa é divida, estava fora de questão não cumprir o prometido. dívida com plantas, seria imperdoavelmente insuportável não obstante as demais dividas que carrego. sim, porque das dívidas, a pior, são as dívidas consigo próprio. sempre por pagar, sempre a contrair, sempre a pedir mais prazo ao agiota do tempo. e que a maioria invariavelmente morre sem honrá-las. até porque viver é um estado permanente de dívidas, o que não é desculpa para não pagá-las nem que seja com a propria vida, que nos tempos atuais é uma dí-vida consignada ao vazio preenchido por boletos. mas comigo não violão. prometi as plantas e vou cumprir. portanto você tem toda a liberdade de compor o canteiro desde que as matrizes de azul, roxo, branco, vermelho, amarelo e rubi estejam fincadas, de sorte que possa diariamente cumprimentá-las e sentir que finalmente estamos em casa.

Wednesday, December 11, 2024

"das" ontologia

sobre a questão da existência ou se quiser, problema fulcral dos humanoides, é que tem sempre um idiota - masturbando sua pseudo sapiência - a machetar o idiota da vez. quem é o próximo?

Friday, December 06, 2024

solidão tem quem acredita nela; ou vá tomar bem no centro do seu cu; ou de outra vez vê se manda um pix

há um universo em mim. em qualquer área pequena do meu corpo, que seja, sem contar os bilhões de galáxias que coexistem no meu pensamento, adicionadas as não menos numerosas dos meus sonhos. isso sem contar o inexplorado do meu inconsciente, que transforma as galáxias do meu pensamento, e sonhos, em uma colher de sopa de areia de números mignons. dito isto, como temer a solidão? como dizer que estou sozinho?  se uma multidão de tudo e de todos - sem desprezar bactérias, vírus e sabe-se lá o que mais, neste terreno abissal, o qual hábito com o sopro de uma existência que tudo compartilha, sendo ela mesma fruto de compartilhamentos outros - produzindo um vozerio que às vezes até perturba. seja na mais alta das montanhas, que já foi o fundo do mar ou no mais profundo do profundo dos oceanos, que me faz pensar que o céu é o mar de cabeça para baixo e vice versa. é impossível para mim me sentir sozinho,  pois tudo ribomba ou ribimba ou ripimba nos meus ouvidos,  incluindo a síndrome de meniere. mas se você não vê nisto novidade alguma e tenta me assaltar com versículo qualquer, dizendo que ninguém está sozinho, pois deus sempre estará conosco, eu não tenho outra opção senão a de mandar você tomar bem no centro do seu cu. o universo interior e exterior é algo belo demais para ser conspurcado por um cheque sem fundo tão rasteiro. de outra vez, vê se manda um pix, que não seja programado.

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Wednesday, December 04, 2024

eisteinianas

dói mais em quem parte ou em quem fica? o movimento é sempre ilusório por mais que real. parado sempre se está em movimento ainda que invisível. mas poucos se apercebem disto. e tantos em movimento não saem nunca do lugar. eu, que sempre andei na contra mão, talvez por isso mesmo sempre tive a ideia de que estava indo para o mesmo lugar apesar de tantos lugares diferentes onde sempre me reconheci. não adianta fugir - serve para vc e não para mim que sempre me destinei ao encontro - você sempre vai esbarrar em vc mesmo, mesmo que esteja fugindo até da sua sombra. a curvatura do besouro de einstein é inexorável.