mamãe! quando eu crescer quero ter um câncer! exulta o piá, o guri,o curumim,o pirralho, o puto,o moleque, para espanto da mãe que se pela em deus, na periferia de são paulo.
mas só se for para ser tratado no sírio, arremata; para alívio materno que solta a respiração enquanto concomitantemente afaga os cabelos em pûs daquela criaturinha abençoada.
(deus que tudo assiste, não é assim que dizem os pastores? conclui então que aquele espectro de homem, com braços e pernas em constantes saltirares estroboscóspicos decididamente vai longe - um dia ainda acaba presidente, ventila a possibilidade garatujando no bloco de anotações).
e a vida segue adiante. o menino esfregando melecas na parede lustrando as cerâmicas. o deus dos tornados, que sequer imaginamos em senões assim tão faceiro, dá mais dois passos adiante, cuspindo catarro no tietê para não se mostrar impressionado com a visão de futuro que aquela alma ainda em pimbolim tem da epifania em sociedade.
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