viagens,rotas e destinos.pirambeiras,becos e ruelas. atalhos e picadas.portas,pontilhões e ponta-pés. vida trilhada à pele.enfim,um blog que coleciona topadas e joanetes a procura da reflexologia podal.
Tuesday, February 28, 2006
pas de deux
mestre sala e porta-bandeira: os únicos da brincadeira que se não dançarem na avenida comme il fault dançam desta para outra. isso quando tem sorte.
destaque
aquele que não se garante em pé e que por isso mesmo é sempre colocado no alto de um carro cuja maior alegoria é rezar pra não cair.
tirando pontos
no desfile da vida, quem atravessa, fica pra trás. e nada daquela história de para o ano tem mais.
rítmo
no carnaval, línguas correm soltas. corpos escorregam. olhos enxergam a velocidade da luz. e a sede descomunal de vida vai se desidratando ao limite da ressistência.
Monday, February 27, 2006
presidente
de uma escola de samba tem mais autoridade do que o do país. da sua escola sabe tudo e de todos. inclusive do caixa dois.
enredo fatal
a vida de uma escola de samba centenária foi medida em minutos e teve a sorte descartada por um décimo de ponto.
atravessando o samba
se samba não ser aprende na escola porque todo mundo aqui quer dar aulas para a dinamarquesa alí do outro lado do oceano
bateria
suprema humilhação: a bateria que é rainha do desfile tem de aguentar um outra cujo bum-bum é surdo.
pandeiro marcado
na bunda da passista da mangueira a marca de uma celulite que aprendeu a sambar no lugar errado
acertando a harmonia
se japonês, alemão, dinamarquês, e até inglesa surda aprende a sambar, porque é que a brasileiro não aprende a votar ?
Sunday, February 26, 2006
receita caseira
nasceu com o pênis pequeno o menino
martirizado no vestiário da escola
mas o comprimento d´outros membros
acabaram por dar-lhe certa graça
de graça
comeu todas as irmãeszinhas dos amigos de pau grande
casando-se com a mais gostosa do bairro
depois de ficar conhecido pelas domésticas da circunscrição
como "pirulito de cú "
é bem verdade que ele tinha um dos pulsos pra lá de grosso
pau de cachorro no braço
aquele menino
bendita fratura mal curada
atestava dona teresa
mães de trigêmeas
com um olhar de suspiros
e pequenos lábios estoporados
e tudo por que aconteceu
nenhum, mas nenhum mesmo, sentimento de vingança
só o amor tinha ele pra dar
jurava pra quem quisesse acreditar
martirizado no vestiário da escola
mas o comprimento d´outros membros
acabaram por dar-lhe certa graça
de graça
comeu todas as irmãeszinhas dos amigos de pau grande
casando-se com a mais gostosa do bairro
depois de ficar conhecido pelas domésticas da circunscrição
como "pirulito de cú "
é bem verdade que ele tinha um dos pulsos pra lá de grosso
pau de cachorro no braço
aquele menino
bendita fratura mal curada
atestava dona teresa
mães de trigêmeas
com um olhar de suspiros
e pequenos lábios estoporados
e tudo por que aconteceu
nenhum, mas nenhum mesmo, sentimento de vingança
só o amor tinha ele pra dar
jurava pra quem quisesse acreditar
da higiene íntima
o poeta é esta lasciva ironia
na agonia de poetizar
professo
a profissão de pro(poe)fe(s)ti-ve(a)zar
como se o desejo pudesse preparar um novo idioma
corrente de palavras pre-paradas
e acrescentando todo o nosso esforço tal a lábia sensitiva
dobrar os acontecimentos num pedaço de papel
tal que se lho entregasse a mulher
(como se ela não o resolvesse
no particular dialeto das soluções do tempo)
abandona-lo-ia
no esquecimento prático
do reconhecimento da sensibilidade do talento
dos amantes separados
fa-zelo um calço aos seus mais novos sapatos
senão falo-ia
íntimo e sorrindo
vi-r(i)lh(a) mais uma vez
enxugar não a minha angústia
mas o corrimento
do colo que já espera por outro
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
na agonia de poetizar
professo
a profissão de pro(poe)fe(s)ti-ve(a)zar
como se o desejo pudesse preparar um novo idioma
corrente de palavras pre-paradas
e acrescentando todo o nosso esforço tal a lábia sensitiva
dobrar os acontecimentos num pedaço de papel
tal que se lho entregasse a mulher
(como se ela não o resolvesse
no particular dialeto das soluções do tempo)
abandona-lo-ia
no esquecimento prático
do reconhecimento da sensibilidade do talento
dos amantes separados
fa-zelo um calço aos seus mais novos sapatos
senão falo-ia
íntimo e sorrindo
vi-r(i)lh(a) mais uma vez
enxugar não a minha angústia
mas o corrimento
do colo que já espera por outro
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
Saturday, February 25, 2006
decidam-se
quando eu tinha 16, me diziam: vá com calma
você não tem 33.
agora que eu tenho 33, me dizem: vá com calma
você não tem 16.
você não tem 33.
agora que eu tenho 33, me dizem: vá com calma
você não tem 16.
pneumotorax
jorro de palavras entaladas no goto
expelidas por golfadas de catarro em sangue
seria fácil fazer poemas assim
difícil é a pós azia
depurar-se por outros
bicabornatos
expelidas por golfadas de catarro em sangue
seria fácil fazer poemas assim
difícil é a pós azia
depurar-se por outros
bicabornatos
gorduras
acumuladas em centímetros pra lá de ingratos
sobras das rimas
mal resolvidas
poemas gordurosos formam-se à cabeceira.
acumulados na poeira dos tempos
perigam ganhar vida própria.
sobras das rimas
mal resolvidas
poemas gordurosos formam-se à cabeceira.
acumulados na poeira dos tempos
perigam ganhar vida própria.
poema em gelatina
enquanto aumenta a ilusão
de tirar o poema da barriga
das suas gordurinhas a mais
encrustada em seus devaneios
perde-se o poeta na dúvida dos sabores artificiais
que colam-se às palavras
uva ou framboesa?
qualquer uma diz-lhe o tino
desde que o poema seja de mocotó.
de tirar o poema da barriga
das suas gordurinhas a mais
encrustada em seus devaneios
perde-se o poeta na dúvida dos sabores artificiais
que colam-se às palavras
uva ou framboesa?
qualquer uma diz-lhe o tino
desde que o poema seja de mocotó.
Friday, February 24, 2006
prévia
para a oposição, foi carnavalesco o escândalo
para o poder, apenas um ensaio para o próximo. e nem sequer foi geral.
para o poder, apenas um ensaio para o próximo. e nem sequer foi geral.
Thursday, February 23, 2006
poliglota
minha língua
é o meu país.
mas se me prendem a língua
eu mordo a língua.
e faço um novo.
em portugal, e num jornal, para desespero de alguns portugueses.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
é o meu país.
mas se me prendem a língua
eu mordo a língua.
e faço um novo.
em portugal, e num jornal, para desespero de alguns portugueses.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
patriotismo
na escola de aprendizes marinheiros, papel novo. outdoors alistam-se para defender a pátria. em caso de guerra, lona.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
Wednesday, February 22, 2006
h2o, e só ?
vejo gotículas d'água
procurando habitar as vitrines
serão lágrimas minhas ?
olhem só quantas gotinhas
saídas das minhas idas
espalhadas nas vitrines
das ausências minhas
procurando habitar as vitrines
serão lágrimas minhas ?
olhem só quantas gotinhas
saídas das minhas idas
espalhadas nas vitrines
das ausências minhas
Tuesday, February 21, 2006
quase provérvio italiano
não existe pior ladrão do que um blog ruim. isto é um assalto seu fiho da puta!
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
doctor f
plano de sáude santo. mas que outdoor dos diabos! assinatura ocupando quase dois terços de área, somados a demais sintomas de filariose, telefones idem. cheiro acre de éter no ar: dedo de cliente, agência frouxa, trabalho sujo, má ótica médica. vez do estetoscópio usa o hubble, doutor? vez de lâmina, bisturi, serra elétrica? laser, vara do death vader ? enquanto oftalmologista, proctologista ? erro médico doutor. dos graves. propaganda natimorta, verba em coma, consumidor em choque anafilático. cheiro acre de éter no ar. conselho de medicina dá de ombros. sprit de corps.
comentando um outdoor do plano de saúde santa clara
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot)
comentando um outdoor do plano de saúde santa clara
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot)
projeto de vida
um olho na missa
outro no vigário,
um passo no pé,
um do calendário,
uma voz pra campa,
outro pro berçário
um gesto de afago,
outro gesto irado
e muito idealismo,
mas a bom mercado.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
outro no vigário,
um passo no pé,
um do calendário,
uma voz pra campa,
outro pro berçário
um gesto de afago,
outro gesto irado
e muito idealismo,
mas a bom mercado.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
serial killer
nada tive a ver com isso, desconjure-me. só no local do crime de passagem. adianta jurar ? autoridade policial lavrou-me ficha, apesar da confissão ignorada. matei sim. várias vezes. mas não crianças e velhinhas sem fôlego, sem tratamento, sem garimpagem, quilos de cliente na concepção. quiseram me incriminar. de favor não é morte, é suicídio. abala a reputação. gosto de requinte quando estripo. é uma questão de estilo, sabe como é, adagas venezianas, capitéis as pombas, virgens decepadas, riméis intactos. nesta cena apenas baccaro, pela metade. autor intelectual não fui. só cafunguei mentirinha de texto. quando faço serviço, faço completo. até o talho. mas não sola de sapatos como fígado. não me creditem sarapatéis. da minha conta este sarrabulho não pode ser.
a proposito de um prêmio ganho em publicidade com peça inscrita sem minha autorização.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
a proposito de um prêmio ganho em publicidade com peça inscrita sem minha autorização.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
Monday, February 20, 2006
uivo
o tempo é um lobo que quando uiva nos arranca um pedaço.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
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ironia do desatino
a ambulância do hospital do cancêr, avisto. alquebrada. van koreana. carcomida pelo ferrugem, cancer do ferro, porta traseira. não teria ela direito a quimioterapia ?
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
achados e perdidos
"e sentir na fria lamina do momento
não que houvesse corte
mas leve pressentimento".
poema achado em goiás nos 70. ainda hoje procuro autor.
originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com
não que houvesse corte
mas leve pressentimento".
poema achado em goiás nos 70. ainda hoje procuro autor.
originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com
karma
minha sina é saber que ainda posso embora seja osso.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
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cafe da manhã
papa de farroz, papa de aveia, papa de maizena, papa de cremogema, papa de sagu, papa de neston, papa de farinha láctea, papa defunto. ahrg! isto traumatiza por vida inteira.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
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revisão histórica
em 64 comunistas comiam criancinhas café da manhã, petiscavam militares. mas com que molho? com que molho ?
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com)
firula e trocadilho é a puta que os pariu
aférese, alegoria, anacoluto, anaphora, anástrofe, antanáclase, antonomasia, apócope, apóstrofe, assindeto, catacrese, comparação, crase, díacope, diástole, diérese, ectlipse, elipse, enálage, ênfase, epanáfora, epêntese, epifonema, epizeuxe, eufemismo, haplologia, hendiadis, hiperbáto, hyperbole, hipértese, intercalação eufônica, ironia, metáfora, metalepse, metátese, metonímia, onomatopeia, pargoge, parêntese, perifrase, paranomásia, pleonasmo, polissindeto, prosopopéia (personificação), quiasmo, reticência, silepse, síncope, sinédoque, sinquise, systole, tmese, zeugma.
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com in extended version)
(originalmente publicado no cemgrauscelsius.blogspot.com in extended version)
Saturday, February 18, 2006
célula de identidade
nascido aos 27 de abril de 1954
saudável bebe do sexo masculino
filho de uma mãe pudica
e um pai filho da puta
numa maternidade pública
do bairro da encruzilhada
depois de uma cesariana
quase sem saida
que começou e terminou numa noite de muita chuva e sangue
até que a chuva continuou e o sangue esvaiu-se por completo
exigindo uma tranfusão que quase não foi feita porque ninguém queria se molhar para ir buscá-lo.
salvou-se minha mãe pela precisão de um calibre 38 cirurgicamente apontado para a cabeça de um doutor por um capitão de reserva da artilharia da marinha que estava disposto a tudo como um contratorpedeiro.
face ao jogo neo-naval-natal, entre a unidade de guerra e a unidade médica, que de imediato instou-se em minoridade, concordaram as enfermeiras e ajudantes que antes molhado e vivo, que que as vidas secam quando começam a chover no molhado, no que capitulou o tal médico.
face aos relatórios devidamente extraviados, contaram-me a história como um cançoneta de ninar.
na identidade isso não aparece.
que é pra ver se agente esquece.
saudável bebe do sexo masculino
filho de uma mãe pudica
e um pai filho da puta
numa maternidade pública
do bairro da encruzilhada
depois de uma cesariana
quase sem saida
que começou e terminou numa noite de muita chuva e sangue
até que a chuva continuou e o sangue esvaiu-se por completo
exigindo uma tranfusão que quase não foi feita porque ninguém queria se molhar para ir buscá-lo.
salvou-se minha mãe pela precisão de um calibre 38 cirurgicamente apontado para a cabeça de um doutor por um capitão de reserva da artilharia da marinha que estava disposto a tudo como um contratorpedeiro.
face ao jogo neo-naval-natal, entre a unidade de guerra e a unidade médica, que de imediato instou-se em minoridade, concordaram as enfermeiras e ajudantes que antes molhado e vivo, que que as vidas secam quando começam a chover no molhado, no que capitulou o tal médico.
face aos relatórios devidamente extraviados, contaram-me a história como um cançoneta de ninar.
na identidade isso não aparece.
que é pra ver se agente esquece.
bota-fora
aproveite a liquidação hoje faço de memória.
amanhã já estréia a mais nova coleção de esquecimentos
amanhã já estréia a mais nova coleção de esquecimentos
Friday, February 17, 2006
salicilato de metila
literatura é coisa assim-assim, meio por acidente. quando se vê, até quem não sabe faz. mas dói em quem lê. dorzinha de outro jeito que a dor da verdadeira. essa nem passando gelol. não tem cura.
saxofone
toboga de melodias
que desce na ponta dos dedos
dos lábios ao peito
e na hora do ventre
pulam fora do sexo
daqueles que o tocam
para o deleite dos que ouvem.
que desce na ponta dos dedos
dos lábios ao peito
e na hora do ventre
pulam fora do sexo
daqueles que o tocam
para o deleite dos que ouvem.
Thursday, February 16, 2006
de mal jeito
só pode ter sido assim qu´eu coloquei você no meu peito. resultado, é isso: teu deus de novo me rasgando a costela.
Wednesday, February 15, 2006
j.j.o agiota
tipo idiota, metido a poliglota. cobra ágio até dos adágios. tomados de empréstimo aos bancos dos alfarrábios. como se fossem pedágios.
gol
meio de transporte mais sem graça.
não pára no meio do caminho pra gente mijar na ponta dos pés. comprar cd falsificado
comer bolo bate entope
e fazer promessas quase verdadeiras à menina do caixa.
como se não bastasse
tem umas coisas chamadas de aeromoças
falsas até se o bicho estiver caindo.
quem é aguenta uma viagem com gente assim o tempo todo sorrindo
4,5,8,10 horas sem parar ?
não pára no meio do caminho pra gente mijar na ponta dos pés. comprar cd falsificado
comer bolo bate entope
e fazer promessas quase verdadeiras à menina do caixa.
como se não bastasse
tem umas coisas chamadas de aeromoças
falsas até se o bicho estiver caindo.
quem é aguenta uma viagem com gente assim o tempo todo sorrindo
4,5,8,10 horas sem parar ?
marejando
quando ondas antigas
que respigam nos olhos
sentimentos
que enfunaram nossas velas
em barcos
que
-se dobraram o cabo da boa esperança-
hoje estão cada vez mais longe
espumam a nossos pés
pífano sagrado de maresia
que é a lembrança
de que nós
é que ficamos em terra
quando tudo afundava
que respigam nos olhos
sentimentos
que enfunaram nossas velas
em barcos
que
-se dobraram o cabo da boa esperança-
hoje estão cada vez mais longe
espumam a nossos pés
pífano sagrado de maresia
que é a lembrança
de que nós
é que ficamos em terra
quando tudo afundava
Tuesday, February 14, 2006
de dar dó
castigo da bicicleta de pneus murchos
pior do que o meu estudando tabuada
ambos voltados para a parede
pensando num mundo sem números
e sem pedras
pior do que o meu estudando tabuada
ambos voltados para a parede
pensando num mundo sem números
e sem pedras
glacê
quando vejo a meninada a lamber os dedos, salpicados até a testa, bate-me gana de dizer-lhes, que é bosta de vaca branca, açucarada e metida a spray. qualquer dia faço esta cagada.
carrinhos de lata
sem freio, e sempre desembestados, pumba! acidentados por topadas em que pesem seus meneios
meninos e meninas
quando pequeninos, não tem sexo
mas as mães corujas, e até mesmo as galinhas, estão sempre de olho pra ver se o pinto não vai bicar a passarinha
mas as mães corujas, e até mesmo as galinhas, estão sempre de olho pra ver se o pinto não vai bicar a passarinha
Monday, February 13, 2006
surto
devo estar enlouquecendo.
passo mais tempo escrevendo
do que vivendo.
mas escrever, não é viver o que não se escreve ?
passo mais tempo escrevendo
do que vivendo.
mas escrever, não é viver o que não se escreve ?
fingi dor
nem inspiração nem desdita
tampouco faço fita
coração frio feito grafite de lápis sem cor
página em branco
sempre precipício
no papel ou no computador
e 10 minutos de tempo
que é o senhor das fraturas e dos membros nas colagens
dou-lhes à palavra
10 minutos para escrever sete fiadas ?
sei lá como chamar isso
conta de mentiroso?
e postar
torcendo para não dar de cara com a maitenance
palavra que não abre a guarda
nem para guardar o rascunho
não explica, nem justifica, a qualidade que é réles
mas desmistifica
pra quem se liga ou desliga
mas então é assim, escreve feito puta de papel ?
vem daí o poetastro ?
pior.
pois faço de graça
e nem pensem em me cobrar por isto.
tampouco faço fita
coração frio feito grafite de lápis sem cor
página em branco
sempre precipício
no papel ou no computador
e 10 minutos de tempo
que é o senhor das fraturas e dos membros nas colagens
dou-lhes à palavra
10 minutos para escrever sete fiadas ?
sei lá como chamar isso
conta de mentiroso?
e postar
torcendo para não dar de cara com a maitenance
palavra que não abre a guarda
nem para guardar o rascunho
não explica, nem justifica, a qualidade que é réles
mas desmistifica
pra quem se liga ou desliga
mas então é assim, escreve feito puta de papel ?
vem daí o poetastro ?
pior.
pois faço de graça
e nem pensem em me cobrar por isto.
enxugando gêlo
deu trabalho.
suores.
caça palavras borbulhantes
enxugando a testa
para se encaixar
no poema
carregado em festa
de tempestades
em copos de champagne
suores.
caça palavras borbulhantes
enxugando a testa
para se encaixar
no poema
carregado em festa
de tempestades
em copos de champagne
Sunday, February 12, 2006
love horas mais tarde: um semi-conto de réis
para parte da família não haverá amanhã nem depois do amanhã. lotinha ou pernambuco da sorte ? executados nos arredores de paulista. não se sabe se foi " puliça" ou bandidagem canela fina. para cinco deles pouco importa. foi descarga de bala da grossa. dum-dum pelo talo, pela nuca. coisa de animais sem choro nem piedade.
resto dos parentes, lamenta a sorte, grande azar. e conta a sua de escapar. choram por pantomimas dos histéricos caricatos. tem gente que vendo a câmara até rí de "nelvoso". aos brados, gesticulam sem desodorante. protestam e rezam numa perna só. clamam por deuses pelos nomes próprios e governantes só pelos sobrenomes. fossem ditirambos, não se lhe escutar-lhe-iam. rasgam-se aos cortes ainda mais sem vergonha da vergonha nove mil vezes pior assim de vê-los expostos tão mal dispostos, com as roupas ao enxarco de tão úmidas da praia que estampam-lhes a intimidade à seco. malditos grãos de areia atachados a bronzeador que escorre pra partes pudendas, agora sachês de sangue, tornando o flagrante grotesco. fossem ticos e isto não acontecia. mas a folha de pernambuco não perdoa.
no meio do sarapatel das gentes, pacote de farofa que sobrara da ida ao mar. seria pó? tenha dó.
domingo que vem a praia por pedacinhos de instantes ficará mais triste e mais limpa. mais ossos no cemitério, menos ossos para ratos, pombos e vira-latas.
enquanto isso no pedaço dos ricos um frango sente falta daquela farofa em pacotes.
seria mesmo dó ?
tenha pó.
resto dos parentes, lamenta a sorte, grande azar. e conta a sua de escapar. choram por pantomimas dos histéricos caricatos. tem gente que vendo a câmara até rí de "nelvoso". aos brados, gesticulam sem desodorante. protestam e rezam numa perna só. clamam por deuses pelos nomes próprios e governantes só pelos sobrenomes. fossem ditirambos, não se lhe escutar-lhe-iam. rasgam-se aos cortes ainda mais sem vergonha da vergonha nove mil vezes pior assim de vê-los expostos tão mal dispostos, com as roupas ao enxarco de tão úmidas da praia que estampam-lhes a intimidade à seco. malditos grãos de areia atachados a bronzeador que escorre pra partes pudendas, agora sachês de sangue, tornando o flagrante grotesco. fossem ticos e isto não acontecia. mas a folha de pernambuco não perdoa.
no meio do sarapatel das gentes, pacote de farofa que sobrara da ida ao mar. seria pó? tenha dó.
domingo que vem a praia por pedacinhos de instantes ficará mais triste e mais limpa. mais ossos no cemitério, menos ossos para ratos, pombos e vira-latas.
enquanto isso no pedaço dos ricos um frango sente falta daquela farofa em pacotes.
seria mesmo dó ?
tenha pó.
freio de arrumação 1
deus ex-machina
invadiu a calçada em plena contramão. negou-se a ajoelhar no meio fio, acertando em cheio possíveis apóstolos desavisados.
sem trombetas,voaram arrependimentos, mágoa, sonhos e até fé, única gordura naqueles ossos. bora-bora gritado, evangelicamente, a plenos pulmões, retorna o veículo à sua condição terrestre.
no vidro traseiro deus está adesivado como aquele que está no comando.
de onde surgiu mesmo aquela kombi. do velho testamento?
publicado originalmente no cemgrauscelsius,blogspot.com em abril de 2005.
invadiu a calçada em plena contramão. negou-se a ajoelhar no meio fio, acertando em cheio possíveis apóstolos desavisados.
sem trombetas,voaram arrependimentos, mágoa, sonhos e até fé, única gordura naqueles ossos. bora-bora gritado, evangelicamente, a plenos pulmões, retorna o veículo à sua condição terrestre.
no vidro traseiro deus está adesivado como aquele que está no comando.
de onde surgiu mesmo aquela kombi. do velho testamento?
publicado originalmente no cemgrauscelsius,blogspot.com em abril de 2005.
Saturday, February 11, 2006
estamos unidos
o que é bom para o brasil é bom para os eua, disse o diplomata.
— ah!, é, retrucou o outro, então chupa aqui.
— ah!, é, retrucou o outro, então chupa aqui.
nome próprio
filho da puta, foi sempre assim que o pai lhe chamou. mas o escrivão, decerto teve pena, e abreviou, né fio?
pronome de tratamento
vossa excelência é um cabra safado por excelência ou é assim mesmo por excedência da excrescência ?
12
faz o maior estrago. serrando o cano, se mirar na barriga, o cú do cabra vai junto. se ficar com o braço mole, o coice lhe arranca os ovos. essa arma é bendita. pode levar sem susto que a mardita não faia.
Friday, February 10, 2006
bunda
já devia vir com anestesia incluída. pedido por nove entre dez estrelas pornô, e até por quem é adepto de parto natural.
culinária pra turista
tutú à mineira, moqueca baiana, pato no tucupí, virado a paulista ?
bem, eu gostei mais daquela menininha alí ó.
bem, eu gostei mais daquela menininha alí ó.
Thursday, February 09, 2006
experiência própria
tem gente que faz mesmo coisas inimagináveis para garantir a sobrevivência.
os honestos de caráter, por exemplo.
os honestos de caráter, por exemplo.
sabedoria executiva
bons peitos. belo par de coxas torneadas. carinha de anjo, com pinta de putinha e uma bunda torneada com zêlo.
uma mulher como esta não pode ficar desempregada.
uma mulher como esta não pode ficar desempregada.
Wednesday, February 08, 2006
há que se ter rigor
esta mania muito inculta de substituir caralho por caraca, ou caraças em portugal.
caraca é caralho melado de caca e ainda por cima caca de barata.
caraca é caralho melado de caca e ainda por cima caca de barata.
Tuesday, February 07, 2006
questão de estilo ou glorinha pascolato
muito sem jeito pra ter algum estilo. apesar disso, fez da falta de estilo, um estilo.
lei de talião
alho por alho, dente por dente, sibilava ela para ele que a obrigara dia anterior a fazer - e comer - fígado acebolado.
muriongo
vinagre que fazia o maior sucesso nas surubas das saladas tempo em que eu detestava as ditas cujas.
Monday, February 06, 2006
linhas âncora
escritas em pouco mais de três segundos levaram quase 52 anos para desenrolarem-se do carretel
breu
tua púbis na noite daquela noite entocada na caverna de uma calcinha de veludo negro onde eu me alimentei e dormi como um morcego.
quem é do mar não enjoa
velas ao mar! velas ao mar!
gritava o velho marinheiro
refletindo na lágrima dos olhos
pequena chama da vela
que carregava na praia
em louvor à iemanjá.
gritava o velho marinheiro
refletindo na lágrima dos olhos
pequena chama da vela
que carregava na praia
em louvor à iemanjá.
pai rico, filho rico
as crianças de hoje não pedem mesada.
negociam depósitos nas matinês do caixa dois.
negociam depósitos nas matinês do caixa dois.
Sunday, February 05, 2006
nós em pingos d´água
eu sou o invisível que não desaparece. eu sou como a água. vamos, abra as comportas que eu me precipito, e transtorno tudo(apollinaire).
transformar páginas secas em superficies úmidas não é tarefa fácil não senhor. mas é o que fazemos intuitivamente muito antes do nosso nascimento, desde a umidade da criação da vida em oceanos pré-arcaicos até os dedos lambidos na viscosidade do endométrio da pessoa amada.
a água é uma construção que no H20, esconde um labirinto de milhões de seres a se multiplicar, a nos atemorizar, a nos salvar, a nos conhecer, a nos matar, involuindo e evoluindo ao sabor das ondas. são as mares tempestades do ventre e da mente ? e o corpo? o corpo é 90% água. e a água é tenra, é viril, é vil, é delicada, é monstruosa, é afável. a água é grega. a água tem varizes. a água alucina e acalma. a água é tudo-nada quando toca nossos lábios e nada-tudo quando foge por entre mãos dadas.
que seria de moisés sem a água ? só um atormentado homem de barbas brancas e tábuas sem salvação. salvou-lhe a água, que abriu-se e sabe-se lá porque razão assim como poderia ter desabado. queria ver ele segurar aquela onda.
a água é um diamante duro de nascer no fundo do olho. mas nasce com o brilho do olhar do homem no olho da vaca que nos corta ao já não se por de pé, porque ossos e pele precisam d´água. senão, como nadar no meio daquele deserto que é o mar da caatinga sem água ? e o céu ? não é o mar de cabeça para baixo ? talvez, mas sem água.
a água emoldura nossos desejos em nuances de peles molhadas dos corpos a bodybordear na praia. sem água não surtiriam efeito aquelas curvas náuticas, aquelas gretas, aquelas manobras, aquelas contorções, cores , tessituras. água é radical, brother. era a água que fazia a miragem rósea da minha geração de nas blusas coladas em tardes cinzentas nos seios pequeninos de bicos túrgidos das garotas matriculadas em colégio de freitas a nos enxotar. e o que não fazia a água que corria pagão o corpo das mesmas freiras tão pudicas também a nos contristar ? o espírito santo existiria sem a água ? primeiro a água ou o espírito ? sob a água curvou-se jesus aos homens, deuses, animais, crentes e descrentes em sua força. a força da água.
a água apaixona e amolece até os homens duros que deliram por suas carícias como os lobos do mar com seus lábios descarnados e mãos postas. a água fez brecht desembaçar os óculos após escrever “ do rio que tudo arrasta se diz violento. mas ninguém diz violento as margens que o comprimem”. e foram as águas do capibaribe que me fizeram conhecer brecht bem antes dos espetáculos de fernando peixoto. a água lava. a água leva. encharca, seca, ensopa. a água é onde está mergulhada a terra, que foi preciso guilherme arantes para lembrar o verdareiro nome do planeta água.
e da água vem a verdade. porque é soro. não é pau nem é pedra. e se água mole em pedra dura tanto bate até que fura, doem os meus olhhos comprimidos pela água que corre lá fora, chorando por mim em paisagens impossíveis de chorar se não fosse a água. não é o tejo o choro dos portugueses? e onde o tejo deságua ?
vertem água as pedras de minas. vertem água drunks londrinos até a boca da noite, que lá não se bebe a noite toda. tomando a água que eles mesmo passaram tanto tempo para retirar das highlanders de íngremes e pontiagudas boas águas.
a água é assim. a água é ânsia. a água é calma. ensina lições de humildade e grandeza, vitória e derrota, sem perder a consistência até debaixo d´água.
da lágrima sentida ao filete na vidraça. do afluente, que ninguém sabe o nome mas que faz o amazonas, que ninguém se lembra é soma d´outras águas.
água é pororoca. apollinaire. sorvete e tapioca.
água é palavra embora seca na rosa de quem conforta.
em água repousa a mágoa. água mal resolvida de águas passadas que movem moinhos de águas despedaçadas.
água é terra na holanda muito mais que na veneza aterrada. água é meu dedo no dique da alma tampando um furo do tamanho do meu umbigo que a vida logo desata.
água é a vida, escorrendo por entre estas palavras pra muito além da página condensada.
(originalmente publicado no jornal correio da paraíba, em 08 de julho de 1993).
transformar páginas secas em superficies úmidas não é tarefa fácil não senhor. mas é o que fazemos intuitivamente muito antes do nosso nascimento, desde a umidade da criação da vida em oceanos pré-arcaicos até os dedos lambidos na viscosidade do endométrio da pessoa amada.
a água é uma construção que no H20, esconde um labirinto de milhões de seres a se multiplicar, a nos atemorizar, a nos salvar, a nos conhecer, a nos matar, involuindo e evoluindo ao sabor das ondas. são as mares tempestades do ventre e da mente ? e o corpo? o corpo é 90% água. e a água é tenra, é viril, é vil, é delicada, é monstruosa, é afável. a água é grega. a água tem varizes. a água alucina e acalma. a água é tudo-nada quando toca nossos lábios e nada-tudo quando foge por entre mãos dadas.
que seria de moisés sem a água ? só um atormentado homem de barbas brancas e tábuas sem salvação. salvou-lhe a água, que abriu-se e sabe-se lá porque razão assim como poderia ter desabado. queria ver ele segurar aquela onda.
a água é um diamante duro de nascer no fundo do olho. mas nasce com o brilho do olhar do homem no olho da vaca que nos corta ao já não se por de pé, porque ossos e pele precisam d´água. senão, como nadar no meio daquele deserto que é o mar da caatinga sem água ? e o céu ? não é o mar de cabeça para baixo ? talvez, mas sem água.
a água emoldura nossos desejos em nuances de peles molhadas dos corpos a bodybordear na praia. sem água não surtiriam efeito aquelas curvas náuticas, aquelas gretas, aquelas manobras, aquelas contorções, cores , tessituras. água é radical, brother. era a água que fazia a miragem rósea da minha geração de nas blusas coladas em tardes cinzentas nos seios pequeninos de bicos túrgidos das garotas matriculadas em colégio de freitas a nos enxotar. e o que não fazia a água que corria pagão o corpo das mesmas freiras tão pudicas também a nos contristar ? o espírito santo existiria sem a água ? primeiro a água ou o espírito ? sob a água curvou-se jesus aos homens, deuses, animais, crentes e descrentes em sua força. a força da água.
a água apaixona e amolece até os homens duros que deliram por suas carícias como os lobos do mar com seus lábios descarnados e mãos postas. a água fez brecht desembaçar os óculos após escrever “ do rio que tudo arrasta se diz violento. mas ninguém diz violento as margens que o comprimem”. e foram as águas do capibaribe que me fizeram conhecer brecht bem antes dos espetáculos de fernando peixoto. a água lava. a água leva. encharca, seca, ensopa. a água é onde está mergulhada a terra, que foi preciso guilherme arantes para lembrar o verdareiro nome do planeta água.
e da água vem a verdade. porque é soro. não é pau nem é pedra. e se água mole em pedra dura tanto bate até que fura, doem os meus olhhos comprimidos pela água que corre lá fora, chorando por mim em paisagens impossíveis de chorar se não fosse a água. não é o tejo o choro dos portugueses? e onde o tejo deságua ?
vertem água as pedras de minas. vertem água drunks londrinos até a boca da noite, que lá não se bebe a noite toda. tomando a água que eles mesmo passaram tanto tempo para retirar das highlanders de íngremes e pontiagudas boas águas.
a água é assim. a água é ânsia. a água é calma. ensina lições de humildade e grandeza, vitória e derrota, sem perder a consistência até debaixo d´água.
da lágrima sentida ao filete na vidraça. do afluente, que ninguém sabe o nome mas que faz o amazonas, que ninguém se lembra é soma d´outras águas.
água é pororoca. apollinaire. sorvete e tapioca.
água é palavra embora seca na rosa de quem conforta.
em água repousa a mágoa. água mal resolvida de águas passadas que movem moinhos de águas despedaçadas.
água é terra na holanda muito mais que na veneza aterrada. água é meu dedo no dique da alma tampando um furo do tamanho do meu umbigo que a vida logo desata.
água é a vida, escorrendo por entre estas palavras pra muito além da página condensada.
(originalmente publicado no jornal correio da paraíba, em 08 de julho de 1993).
Saturday, February 04, 2006
caridosa
nenhuma alma carioca empresta o protetor solar para o redentor não ficar com aquela cara de cristo abandonado?
pedofilia política
no rio o culto a juventude é tão descomunal, que até elegeram um governador garotinho, e agora uma rosinha.
fantástico
fica decretado que sexo entre primos de primeiro grau é proibido a todos da família a exceção de mim que sou um primo já muito distante(moro no acre e só muito de vez em quando visito a família).
Friday, February 03, 2006
Thursday, February 02, 2006
papel passado
os meu sonhos azuis
guardados num tinteiro que já apodreceu
destampo justamente agora
quando não mais existe o mata-borrão
guardados num tinteiro que já apodreceu
destampo justamente agora
quando não mais existe o mata-borrão
sem açucar
não rime
madame com aspartame
aspartame com raios que te partam
raios que te partam com é de partir o coração
é de partir o coração com não há outra opção
não havia outra opção com pediu o adoçante com muita afetação
nem desatine
raios que te partam adoçante só com aspartame madame não há outra opção mais isto de não ter açucar não é assim não de partir o coração como disse com muita afetação.
madame com aspartame
aspartame com raios que te partam
raios que te partam com é de partir o coração
é de partir o coração com não há outra opção
não havia outra opção com pediu o adoçante com muita afetação
nem desatine
raios que te partam adoçante só com aspartame madame não há outra opção mais isto de não ter açucar não é assim não de partir o coração como disse com muita afetação.
dialética
pequeninos, tão branquinhos branquinhos e tanto nojo tem de nós, que até vomitam, os urubus ainda filhotes.
já crescidos, pretume de penas e gosmas podres que dão lhe ainda mais cor, enquanto nós branquinhos cada vez mais pela idade que avança para o mais preto dos pretos cada vez mais temos nojo deles.
mortos, mais dia, menos dia, seremos todos, urubus e homens, um nojo só.
já crescidos, pretume de penas e gosmas podres que dão lhe ainda mais cor, enquanto nós branquinhos cada vez mais pela idade que avança para o mais preto dos pretos cada vez mais temos nojo deles.
mortos, mais dia, menos dia, seremos todos, urubus e homens, um nojo só.
Wednesday, February 01, 2006
solidão
cotonete da alma.
principalmente do escritor.
mas, como dizem alguns médicos, ainda que não sejam do espírito, cuidado com os palinetes. a depender do uso, em vez da limpeza, empurram cera pra dentro dos seus ouvidos.
e nos sentidos, ainda mais no caso do escritor.
otite na certa.
principalmente do escritor.
mas, como dizem alguns médicos, ainda que não sejam do espírito, cuidado com os palinetes. a depender do uso, em vez da limpeza, empurram cera pra dentro dos seus ouvidos.
e nos sentidos, ainda mais no caso do escritor.
otite na certa.
ciúmes
uma coisa assim-assim parecida como adorar quentes e frios e ter os dentes extremamente sensiveis.
kolynos
psicólogos(alguns)reconstroem-nos facetas novas aos sisos e ganham uma "sorriso" de salário.
herança
bons dentes e boa educação.
se herdou, nunca, mas nunquinha mesmo, dirá mal de seus pais em qualquer situação.
se herdou, nunca, mas nunquinha mesmo, dirá mal de seus pais em qualquer situação.
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